31 de jul. de 2010

"matuto no cinema" não é piada









Acabaram as férias!
 Nada de praia ou cachoeira como é esperado para um mês de férias, mas  dias de muito frio e algum sol, meio timido...
Fazendo um balanço de férias, posso dizer que:
-descansei, afinal os ultimos dias antes das férias foram bem agitados,  fiz questão de na maioria dos dias dormir até as 11:00, pra ser bem honesta, em alguns dias eu acordei ao meio dia.
-fui "procurar o que fazer",  encontrei cinco livros pra ler e fichar, podem acreditar estou viajando de verdade neles;
- em dias de sol,  passei pelos parques de São Paulo, recomendo, temos parques com muitas historias maravilhosas na cidade, areas de lazer bem tratadas, verdadeiros oásis em meio megalopolis desvairada
Claro, claro... sobre  o matuto?
  Ana Maria de O. Galvão diz que nas decadas de 30 e 40 na cidade de Recife- Pe., pessoas de todas as classes sociais iam ao cinema" Estrangeiro e legendado" para aprender a ler, conforme depoimento de quem viveu essa época! portanto "o matuto no cinema", ou como foi recentemente rebatizado "num sei que lá" é uma historia veridica...historias de minhas viagens!
Deixemos de coisas, cuidemos da vida....

29 de jul. de 2010

me poetisa.. o reencontro


Quando o poeta teve
aquela bela visão
seus labio estremesseram
acelerou seu coração
pois daquela morena sabia
que perdão jamais teria
por causa da separação

ele fez um emproviso
chamando-lhe a atenção
oh! morena tuas curvas
me fazem sofrer de paixão
pois depois daquela reza
olhei mulher que se preza
e jamais vi curvas não

ele endeusou a moça
comparou a Nsa. Senhora
colocou-a no altar
resplandescente de aurora
a mulher com riso triste
como quem nada assiste
pegou seu filho e foi embora

agora foi o poeta
que sofreu suspiração
nos olhos daquela morena
nem se quer viu atenção
chorando como criança
viu sumir a esperança
deu-se grande aflição

mas o poeta agora
se despiu da vaidade
jurou que naquela morena
tinha amor de verdade
disse que não disistia
enquanto vida existia
iria atras da felicidade

e procurou na cidade
sua historia compreender
soube que era casada
que era rica pra valer
casada  com capitalista
tentou encontrar uma pista

para sua morena rever


depois de muita procura
soube de uma cachoeira
passeio das moças e senhoras
nas tardes de sol domingueira
diziam que era encantada
que era longe da estrada
e que tinha uma caseira

foi então na cachoeira
que o poeta encontrou
a morena quando o viu
seu coração disparou
e de novo a rezar
ali naquele lugar
a lua e sol  brilhou

a cachoeira encantada
os amantes escondeu
com grande cortina d'agua
sem molhar os corpos seus
se fez então a magia
daquele lugar que ia
ser do amor apogeu

sem perceber o encanto
quem por ali passava
não sabia que a cachoeira
protegia quem amava
que a caseira tinha guardado
no oratorio sagrado
a chave que ativava

a velha era calada
nunca se ouviu falar
andava meio corcunda
era de arrepiar
mas trazia consigo
esse segredo amigo
que preserva o bem amar

(Marlene Borges)

22 de jul. de 2010

me poetisa...




me poetisa moço
pede a morena em suspiração
  nem tens curvas pra rimar
me rima com flor ou  canção
não poetiso  por caridade
nem tens mais ingenuidade
vou poetizar então teu sombrio coração


                                                                         
     ...

que identidade queres?
do sertão ou da cidade?
não posso querer poeta
do sertão identidade
sou nascida em capital
cresci ouvindo sarau
mas do sertão tenho saudade





saudade de ouvir dizer
pra mim  é novidade
de historias  dos ancestrais
nunca vi senti saudade
por ti morena chorosa
eu faço agora uma prosa
por que vi sinceridade



obrigada  meu poeta
por tanta dedicação
mesmo sem ver minhas curvas
pode ouvir meu coração
sou agora mais feliz
por que encontrei raiz
da cidade e do sertão
 ....


sou eu morena,
da tua paixão causador?
eu que vi tua aflição
agora eu sou doutor
para tua dor curar
não poderei te negar
o meu desejo agora é somente te beijar


O desejo dos amantes
na hora se fez oração
se amaram toda a noite
o céu foi todo canção
O balanço da rede
fez conjunto com a sede
daquela divina explosão!


Mas a morena, como disse
era filha da cidade
não sabia que poeta
carrega grande vaidade
ao amanhecer dia
o poeta já não podia
da morena ter saudade


teve que se despedir
Pois poeta não tem querer

a morena a dormir
o poeta a sofrer
o caminho se faz longo

o verso que é meu dono
é quem rege o meu viver


A morena que sorriu
Só o poeta é quem viu
o seu sorriso levou
o seu coração partiu
a morena novamente
viu sua vida carente
de alegria e sumiu

(Marlene Borges)

5 de jul. de 2010

DESAFIO..."NÃO SEI QUE LÁ"

            A medida certa, o tempo certo de uma piada é a quantidade de risadas que ela arranca do público...
       Não sou exatamente tímida, mas vamos combinar, falar para os meus professores e os colegas de turma na universidade me deixou com os ombros encolhidos...tenho que confessar que quando olhei pra todos ali prestando atenção só em mim, falei mais rápido que o combinado...
Mas arranquei risos... principalmente dos que eu já tenho  a simpatia, a amizade...
"não sei que lá, não sei que lá, não sei que lá..." é uma historia simples, de gente simples, que vê o moderno e tenta descrever...tenta não! descreve! a sua maneira, descreve com riqueza de detalhes todo o seu deslumbre do cinema na capital, toda a historia colocando algumas cenas em sua propria realidade, imaginem " Arnold Suaginegui pegando os  bandidos comendo cuzcuz com leite", no minimo perguntaria o que é e pediria pra provar..rsrs.
      Sou  assim também, tendo interpretar a minha historia a minha maneira e de vez em quando "não sei que lá, não sei que lá, não sei que lá...!" falo de mais, falo de menos, não sei falar , não sei que lá, não que lá....
foi uma experiência "não sei que lá!" 
nessa foto, estou "não sei que lá",não sei que lá, não sei que lá, não sei que lá!"