10 de ago. de 2010

a morena poetisa!

A morena e o poeta
já totalmente saciados
com os corpos entrelaçados
de amor todo suado
sem saber se era verdade
se era a felicidade
que haviam encontrado



a morena de repente
Meio enibriada
do lugar onde estava
acabou por atinada
estamos num lugar
tem gente a passear
como ninguem viu nada?



Ele então poetisou
para sua bela amada
morena por teus olhos viste
essa cachoeira encantada
se fechou como cortina
para se cumprir nossa sina
que não será mais separada




o poeta depois de amar
a morena daquela maneira
viu-se todo completo
e como um grão de poeira
se encontrou e se perdeu
se alegrou e também sofreu
no encanto da cachoeira



depois  que a morena viu
seu poeta ilustrado
teve desejo de tambem
poetizar seu amado
seria ela poetiza
da paixão e da proeza
de  poeta rutilado

quis descrever o seu homem
até aqui ninguem o fez
disse que  era poeta
ninguem sabe sua tez
disse que era vaidoso
que era do mundo zeloso
dos versos que na vida vês



esse homem poeta
tambem tinha cor de jambo
era forte, encantadora
a sua presença quando
sua mulher seduzia
e sua pele reluzia
nos seus braços enlaçando



Gostava de seios fartos
de colo bem enfeitado
gostava de rimar sempre
em seu meio aconchegado
falava de seus decotes
de seus traços mais fortes
de seu desenho encantando




gostava de se vestir bem
era uma qualidade
não era de muito luxo
era uma verdade
sempre bem barbeado
sempre bem penteado
traço de sua vaidade

inteligente e inventivo
curioso e expressivo
sempre queria aprender
nunca se via passivo
era muito intuitivo
seu belos olhos ativos
jamais se viam infinitos





e dessa forma a morena
descreve seu homem amado
que a libertou das mazelas
do pior de ser casado
viram-se belos felizes
refizeram sua matizes
como encanto consumado

(Marlene Borges)