27 de jun. de 2011

Comprastes? Comprei.Pagastes? Paguei. Me diz quanto foi? Um sonho a se realizar!

Não tem preço dar um presente como uma viagem de volta as origens  aos nossos queridos, tudo inspira alegria, ansiedade preparação e festa.
O Brasil não conhece o Brasil. É um clichê, mas diz muito sobre o quanto o nosso país é diverso, toante, cantante e simplesmente maravilhoso!
Pude conhecer a mistura dos tons criando a batida do maracatu, do boi bumba, frevo, xote, baião e forró, mudando pra embolada, a roda de coco, desafio, cordel, sem contar o repente , o galope a beira mar, o martelo...Enfim tudo no mesmo lugar expressando varias culturas e realidades de povos que vieram pra cá, mas não deixam de sonhar em voltar pra lá.
Alguns voltam tentando reencontrar a velha história que um dia deixou, mas se depara com outra realidade, não se reconhece mais no lugar onde nasceu, aí vem um dilema, não é daqui, mas também não se reconhece lá.
Mas essa volta não é só solidão, tem festa, realização, agora é uma pessoa com uma experiência, sabedoria, que sabe mesmo contar boas histórias e isso é uma vitoria que se deve comemorar muito.
Nos despedimos todo dia, nos reencontramos as vezes, sentimos saudades sempre....
Mãe, to morrendo de saudades!

24 de jun. de 2011

A festa junina é tradição brasileira?

De onde vem?
A tradição da festa
Festas juninas, festa de São João ou festas dos santos populares são celebrações que acontecem em vários países historicamente relacionadas com a festa pagã do solstício de verão, que era celebrada no dia 24 de junho, segundo o calendário juliano (pré-gregoriano) e cristianizada na Idade Média como "festa de São João".
A tradição da fogueira:
Uma lenda católica cristianizando a fogueira pagã estival afirma que o antigo costume de acender fogueiras no começo do verão europeu tinha suas raízes em um acordo feito pelas primas Maria e Isabel. Para avisar Maria sobre o nascimento de São João Batista e assim ter seu auxílio após o parto, Isabel teria de acender uma fogueira sobre um monte. Junio Camargo
A tradição da Quadrilha:
A "quadrille" veio para o Brasil seguindo o interesse da classe média e das elites portuguesas e brasileiras do século XIX por tudo que fosse a última moda de Paris
Ao longo do século XIX, a quadrilha se popularizou no Brasil e se fundiu com danças brasileiras pré-existentes e teve subsequentes evoluções (entre elas o aumento do número de pares e o abandono de passos e ritmos franceses). Ainda que inicialmente adotada pela elite urbana brasileira, esta é uma dança que teve o seu maior florescimento no Brasil rural (daí o vestuário campesino), e se tornou uma dança própria dos festejos juninos, principalmente no Nordeste. A partir de então, a quadrilha, nunca deixando de ser um fenômeno popular e rural, também recebeu a influência do movimento nacionalista e da sistematização dos costumes nacionais pelos estudos folclóricos.
Depois desse desvelamento histórico fica claro porque tudo que temos, festejamos, acreditamos é permeado de ideologia politica, ou seja, foram planejados por um pequeno grupo para a grande maioria adotar como com seu.
Todos esses lugares podem festejar o mês junino, cada um tem suas caracteristicas de identidade especificas, sua músicas, danças, crenças, vestimentas, paisagens.Não conheço as outras festas, mas a festa junina brasileira nordestina não deixa a desejar a nenhuma festê de Quadrillê francesa, portuguesa, inglesa....Viva a São João!





22 de jun. de 2011

Os cheiros que contam histórias


Pensei em eleger um cheiro especial, um aroma, um perfume para exemplificar o clima do mês junino, quando criança sempre brincávamos de assar milho na fogueira, comer canjica na cuia e se esquentar do friozinho de junho correndo em volta do fogo.
Esta festa era montadas por dias a fio, tinha ritual, primeiro procurar a lenha, imaginem que bagunça fazíamos procurando lenha em plena metrópole, depois separar os gravetos de pedaços maiores, compensados, o que prestava e o que não prestava. Por fim a preparação das comidas, canjica, pipoca, milho.
Na noite de 24 de junho, a mesa era colocada na rua com uma toalha de chita, rendas e flores vermelhas que doíam os olhos, a fogueira era acendida depois da missa de São João e a festa começava, cantávamos as cantigas de roda, improvisávamos uma quadrilha meio desengonçada, e brincadeira amanhecia o dia e ninguém queria sair, principalmente quando era  fim de semana. Me lembro da “radiola” tocando Luiz Gonzaga, Mario Zan, Dominguinhos. Nessa festa o cheiro era de alegria!
É verdade que essas coisas são mais difíceis de ver nos dias atuais, muito isoladamente vemos as escolas de educação infantil preparando uma quadrilha bem ensaiada  e  apresentando para os pais, vendendo doces típicos em barracas de feira dentro do pátio da escola e  brincando com  as crianças de  pesca, alvo, argola....Essa é uma festa com cheiro de folclore....
É... São outros tempos!
Fico feliz de recordar essas coisas e  essas histórias, prevemos para as próximas festas juninas jogos eletrônicos, telões com caraokê onde se possa fazer um mix de músicas de quadrilha e arranjar uma batida de fank para modernizar!!! provavelmente essa festa terá cheiro de balada! Será que isso demora?

19 de jun. de 2011

Rafa da Rabeca e Maria Rosa Caldas, na Bodaga de junho/11

"Existe dois momentos da apresentação do Rabequeiro, o primeiro momento ele passa afinando a Rabeca, o segundo, ele toca com a Rabeca desafinada mesmo!" Maria Rosa Caldas

Coco de roda na Bodega!

Jeso botô o Coco na roda que balança, e no movimento da dança, fez o povo dançá!


Rhayfer - Triste Partida

Rhayfer canta um clássico de Gonzagão com coral de Dani Almeida, Fatel, Luiz Wilson e Costa Senna. Na percursão Jubilo e seus batuques!

16 de jun. de 2011

Poema : "Aos criticos" de Rogaciano leite na Bodega de junho ....Primeiros registros...

Senhores críticos, basta/Deixai-me passar sem pejo/Que um trovador sertanejo/
Vem seu pinho dedilhar/Eu sou da terra onde as almas/São todas de cantadores/
Sou do Pajeú das Flores/Tenho razão de cantar/Não sou um Manuel Bandeira/
Drumond, nem Jorge de Lima/Não espereis obra prima/Deste matuto plebeu/
Eles cantam suas praias/Palácios de porcelana/Eu canto a roça, a choupana/
Canto o sertão, que ele é meu.
Vocês que estão no Palácio/Venham ouvir meu pobre pinho/Não tem o cheiro do vinho/
Das uvas frescas do Lácio/Mas tem a cor de Inácio/Da serra da catingueira/
Um cantador de primeira/Que nunca foi numa escola.
Pois meu verso é feito a foice/Do cassaco corta a cana/Sendo de cima pra baixo/
Tanto corta como espana/Sendo de baixo pra cima/Voa do cabo e se dana.
O meu verso vem da lenha/Da lasca do marmeleiro/Que vem do centro da mata/
Trazida pelo leenheiro/E quando chega na praça/É trocada por dinheiro.
O meu verso tem o cheiro/Da carne assada na brasa/Quando a carne é muito gorda/
Esquentando, a graxa vaza/É a graxa apagando o fogo/E o cheiro invadindo a casa.
Aqui é a minha oficina/Onde conserto e remendo/Quando o ferro é grande eu corto/
Quando é pequeno, eu emendo/Quando falta ferro, eu compro/Quando sobra ferro eu vendo/
Meu verso é feito a cigarra/Num velho tronco a sonhar/Que canta uma tarde inteira/
E só para quando estourar/Que eu troco tudo na vida/Pelo prazer de cantar.
Quem foi que disse/Professor de que matéria/Que o sertão só tem miséria/
Que só é fome e penar/Que é a paisagem/Da caveira duma vaca/Enfiada numa estaca/
Fazendo a fome chorar.
Não pode nunca imaginar/O som que brota/Da cantiga de uma grota/
Quando chuva cai por lá/O cheiro verde/Da folha do marmeleiro/
E o amanhecer catingueiro/No bico no sabiá.
Tem mulungu do vermelho/Mas vivo e puro/E tem o verde mais seguro/
Que tinge os pés de juá/A barriguda mostrando/O branco singelo/E a força do amarelo/
Na casca do umbu-cajá.
Criou-se o estigma/Do matuto pé de serra/Que tudo que fala erra/
Porque não pôde estudar/Só fala versos matutos, obsoletos/Feitos por analfabetos/
Que mal sabem se expressar.
Falam no sul com deboche/Que isso é cultura/De só comer rapadura/Como se fosse manjar/
Saibam que aqui/tem abelha de capoeira/E o mel da flor catingueira/
É mais doce que o mel de lá.
Temos poesia que exalta/O que é sentimento/E a força do pensamento/
De quem sabe improvisar/Tem verso livre/Tem verso parnasiano/
E mesmo longe do oceano/Tem galope à beira-mar.
Zefa Tereza me ensinou/Que prum caboclo/Entrar na roda de côco/
Tem que saber rebolar/Soltar um verso na roda/Que se balança/
E no movimento da dança/Fazer o côco rodar!

Registrado por Camilo:

Registrado por Jubilo Jacobino

no blog http://videosdojubilo.blogspot.com/ outros registros das apresentações na Bodega do Brasil....

10 de jun. de 2011

E o homem nunca mais será o mesmo....









Essa foi uma semana de muitas emoções, construções, realizações e mudanças.
Começando pelas construções, ontem apresentamos alguns resultados de pesquisas sobre a educação, nossa contribuição para encontrar caminhos, melhorias, dignidade, humanização, nossos sonhos para as próximas gerações. Se alguém vai ler? Não sei. Se vamos mudar o mundo com nossas idéias? Não sei também.
Mas temos uma convicção, se não tentarmos, lançarmos a primeira idéia, nos colocarmos a caminho, jamais saberemos.
Sabemos também da dificuldade de trabalhar na área da educação, não há investimentos, todos os dias ouvimos os noticiários sobre a violência, indignidade na escola pública tanto para os alunos quanto para os professores, temos os pés no chão e muitos de nós já conhece bem de perto essa realidade. Não somos mais ingênuos a ponto de imaginar que nossas boas idéias irão contaminar os outros, tantos já estão desiludidos, tantos já não conseguem manter-se só como professores, profissão alias, que escolheram para a vida. Mas temos fé na vida e fé nos homens, principalmente os mais jovens, e temos esperança, que minimamente aprendemos a ver essa sociedade com outros olhos, e queremos passar isso adiante.
As mudanças aconteceram no decorrer do processo de aprendizagem, como citei aprendemos a ver a sociedade com outros olhos, mais críticos, mais atentos, lendo com mais atenção as “entrelinhas”, que nos contam mais que pensávamos. Mudança na vida também, passamos dois anos pesquisando, lendo, escrevendo, buscando teorias e teóricos, conceitos que nos elucidassem sobre o que é e como funciona essa sociedade, teremos uma outra direção.
As realizações, trabalhamos orientados por um professor, tivemos tempo de conhecer, produzir, espaço para pensar e elaborar idéias, algumas até bem originais,e eles nos observavam, as vezes virtualmente para ganhar tempo, as vezes pesso
almente por precisar mostrar, pontuar coisas e olhar olho no olho. Compreendemos como foi desgastante esse processo, por isso o coloquei no parágrafo “realizações”, porque o resultado foi para mim pessoalmente, totalmente satisfatório.
E por fim as emoções, desde o encontro com todos os colegas, com os professores, a organização, todas as apresentações, e no final, o grito preso a um tempão se soltou, extravasou, e comemoramos como guerreiros vitoriosos na batalha.
Obrigada a
todos que participaram dessa construção, que acreditaram em nossos devaneios, que ajudaram a torná-lo real, pelo menos teoricamente!
Obrigado pelo espaço, pela organização, pela orientação técnica e conceitual, obrigada pela paciência, por nos ajudar a dar os primeiros passos.
Seguiremos, não sei se nos encontraremos, mas levaremos seus nomes, seus títulos, suas lembranças em nossas memórias para sempre.
Mudança é a lei da vida, é o espaço modificando o homem, e homem nunca mais será o mesmo!