29 de jul. de 2010

me poetisa.. o reencontro


Quando o poeta teve
aquela bela visão
seus labio estremesseram
acelerou seu coração
pois daquela morena sabia
que perdão jamais teria
por causa da separação

ele fez um emproviso
chamando-lhe a atenção
oh! morena tuas curvas
me fazem sofrer de paixão
pois depois daquela reza
olhei mulher que se preza
e jamais vi curvas não

ele endeusou a moça
comparou a Nsa. Senhora
colocou-a no altar
resplandescente de aurora
a mulher com riso triste
como quem nada assiste
pegou seu filho e foi embora

agora foi o poeta
que sofreu suspiração
nos olhos daquela morena
nem se quer viu atenção
chorando como criança
viu sumir a esperança
deu-se grande aflição

mas o poeta agora
se despiu da vaidade
jurou que naquela morena
tinha amor de verdade
disse que não disistia
enquanto vida existia
iria atras da felicidade

e procurou na cidade
sua historia compreender
soube que era casada
que era rica pra valer
casada  com capitalista
tentou encontrar uma pista

para sua morena rever


depois de muita procura
soube de uma cachoeira
passeio das moças e senhoras
nas tardes de sol domingueira
diziam que era encantada
que era longe da estrada
e que tinha uma caseira

foi então na cachoeira
que o poeta encontrou
a morena quando o viu
seu coração disparou
e de novo a rezar
ali naquele lugar
a lua e sol  brilhou

a cachoeira encantada
os amantes escondeu
com grande cortina d'agua
sem molhar os corpos seus
se fez então a magia
daquele lugar que ia
ser do amor apogeu

sem perceber o encanto
quem por ali passava
não sabia que a cachoeira
protegia quem amava
que a caseira tinha guardado
no oratorio sagrado
a chave que ativava

a velha era calada
nunca se ouviu falar
andava meio corcunda
era de arrepiar
mas trazia consigo
esse segredo amigo
que preserva o bem amar

(Marlene Borges)