19 de fev. de 2012

Quem educa?



“Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, midiatizados pelo mundo”
O mundo ensina... Frase que meus pais diziam sempre. Sabedoria na forma empírica de uma educação que tem como conceito sua característica mais pura a vida em sociedade, o conhecimento do mundo.
É correto afirmar que os homens se ensinam, na condição de professora posso concluir humildemente que mais aprendo que ensino, e tendo em mente meus mestres, acredito que pensavam assim quando nos ouviam falar de tantas experiências vividas, das nossas descobertas, das dores, alegrias, conquistas.
Somos seres que se completam, dependentes indiscutíveis uns dos outros, como seres incompletos que somos algumas vezes ao nos depararmos conosco espelhado no outro, estranhamos, não aceitamos, recusamos a nossa própria presença, vaidade que predomina na nossa cultura humana que vive em sociedade.
Para outros, somos o exemplo a ser seguido, é interessante, mas exige cuidado, tudo é imitado, principalmente os gestos mais dos que as falas.
A melhor forma dessa educação mutua são os amigos, porque  existem pessoas em nossas vidas que nos deixam felizes pelo simples fato de terem cruzado o nosso caminho.
Algumas  percorrem ao nosso lado, vendo muitas luas passarem, mas outras apenas vemos entre um passo e outro. A todas elas chamamos AMIGOS.
(inspirado nos mestres Paulo Freire e Vinicius de Moraes)
Marlene Borges

13 de fev. de 2012

Minhas quatro operações...

Gostaria de me reduzir em palavras de um Sumário.
Gostaria de me dividir em temas e escrever claramente sobre cada assunto, conceitos, pontos principais, conclusões.
gostaria de multiplicar todas as fases de minha vida  e dizer em um só discurso bem escrito tudo que sou, que sinto e o que penso.
gostaria de somar todas as pessoas que conheci e colocá-las em uma imensa tabela com nomes, época e ocasião que conheci,  recordações boas e até de desafio, qualidade de manutenção e grau de profundidade da amizade ou não amizade, multiplicar quantas vezes nos encontramos novamente, somar quantos conhecimentos dividimos, quantas risadas somamos, quantas mágoas subtraímos, quantos sonhos guardamos.
Gostaria... Mas quem sabe a receita de sair de si e analisar como um pesquisador dedicado o próprio interior? Racionalizando os sentimentos, as dores? Eu não! Sou dessas pessoas que viajam nas idéias,nas minhas e as dos outros, sou passional, pela vida principalmente, as vezes até assusto por tanta paixão, até eu mesma me assusto! Vou seguindo. E isso não é conformismo,  não sigo por seguir...Sei o que quero, e apesar de viver no mundo da lua, sei o que acontece nesse mundo também. Estou construindo meu caminho, e nele como ser admitidamente inacabado, me construindo também!
Marlene Borges