9 de set. de 2010

ai se eu sesse poeta na Bodega!

Sai para um sarau, um sarau musical, falado, recitado, "maluco beleza" e até errado, mas todos eram "de casa" e ninguém reparou, éramos livres!



 levei uma amiga, ela sim , é  do mundo, viajante, delirante, falante, muito louca.
 Dia desses disse que aprendia comigo. Pode?
Fomos juntas, e lá, ouvimos, rimos, bebemos algum álcool, mas só pra descontrair, para rir mais livre, livre...
Depois do sarau resolvemos ir para a rua, quer mais liberdade do que ter a rua só pra si? E poder cantar e recitar, ver o luar, admirar, continuar a rir... Eu e minha amiga arrumamos mais um "livre", e andamos pela rua, estávamos ébrios, mas não era de álcool, era de liberdade, recitei. Como sonhei recitar daquele jeito! Meu recital era curto, leve, solto, livre, livre. Riram, aplaudiram, o meu público era o mais sincero, o mais atento, e o mais emocionado, estávamos delirando de liberdade, estávamos contemplando a lua, a rua, a meio fio, a meia luz, a meia noite, na rua livre.
Podia falar, cantar, rir o mais alto quanto quisesse e pudesse, podia até rir de absurdos, mas o que é absurdo quando se é livre?
Verdadeiramente livre! Voamos, ouvimos o som de quem é livre, tão livre que ninguém estranhou  de onde se veio, nem para onde se vai, que nome se tem.
Verdadeiramente livre! Para sonhar, assim, de olhos abertos!
Meu recital  foi  " ai se sesse "do poeta  zé da luz,   interpretado por "Lirinha, cordel do fogo encantado"






Ai se eu sesse livre! inté...