Inspiração facebookiana dessa tarde! Porém, apesar das frases , pensamentos e conclusões clichês que aparecem volta
e sempre pelas redes sociais, pensei que essa em especial poderia ter uma
reflexão!
“A vida não é colorida, é colorível”,
eis a frase.
Me fez pensar o quanto a vida é
cinza, negra ou até vermelho sangue no dia-a-dia. Já tive oportunidades de relatar
fatos, aflições, desamores, encrencas, músicas, poesias, e posso dizer que fiz o melhor que pude com tudo isso para
aprender a ser mais independente, mais forte, mais firme em minhas decisões,
mais humana, e mais madura.
Ao longo do meu coloriviver,
consegui algumas vezes clarear um pouco o cinza e deixá-lo um pouco mais rosa,
ou verde claro, deixei de me importar com coisas que não podia mudar, ou
pessoas cuja mudança não dependia da minha ação. Captei nuances de laranja em
meus pensamentos para criar e encontrar razões mais intensas para coloriviver
momentos de estudo e reflexão. Pintei de ouro, outro momento, onde radicalmente
mudei a cara, o cabelo e a luz dos meus olhos. Senti cores cintilantes em
momentos de glória e vitória depois de uma grande batalha vermelho escurecido,
onde tive muito desejo de desistir entendendo que nadava conta a maré em todos
os sentidos. Vi o azul celeste em semblantes de pessoas, que clareavam e
acalmavam as idéias com suas palavras de quem já viveu e sobreviveu e
coloriviveu o que eu vivia naquele momento. Enfim venho percebendo que vivi, cresci,
sofri, amei, e continuo Colorivivendo! Espero no fim dessa história que só o
mestre tempo dirá quando será, eu possa ter pintado um belo e colorido arco-íris.
Pode parecer redundância, mas
não é, e nem quero aqui falar de pessoas, de atitudes, julgamentos, e infelizmente
nem de uma poesia. Quero apenas expor ideias. Cada um tem o direito de olhar e
dizer o que pensa sobre qualquer assunto, precisa ter claro que para cada ação existe sistematicamente uma reação,
e que, o outro pode pensar o que quiser da palavra dita e da não dita também.
Vejamos.Analisando o
significado de falar:
Falar é o ato de proferir
palavras, nem sempre o falado é pensado, de repente se fala, pronto. Tem ainda as horas que não se fala, ai ela fica
engasgada, engasgada, engasgada, e ai numa hora precisa sair, pronto, a fala
saiu sem se importar com o momento e as vezes nem com quem a ouviu, e pode até
causar estragos, grandes ou pequenos também. São os tais mal entendidos, e os
malditos, que aqui não amaldiçoa ninguém, é simplesmente uma fala que não soou
bem.
Agora o significado de dizer:
Se diz muita coisa sem abrir a
boca. O simples fato de não dizer, de não atender, de se ausentar, diz muita
coisa. Em um momento de reflexão sobre um assunto importante, você começa a se
mexer na cadeira, coçar o nariz ou pigarrear sem parar pode sugerir que o
assunto lhe incomoda, que não quer falar sobre isso, ou até que não concorda
com o que está sendo falado ou ainda que o assunto não lhe interessa. É uma atitude
que não tem a intenção de ofender, nem desmerecer nenhum assunto, apenas esse
tal assunto não interessa ou incomoda. Mas essas atitudes são vistas e
interpretadas e nisso se deve ter atenção, sobretudo quando a palavra falta e a
outra pessoa, ou outras pessoas percebem sua ausência, ou pelo menos sua
atenção em outro foco.
Já estive na posição de palestrante e sei o
quanto é incomodo se esforçar para passar uma ideia e ter alguém ou alguns
nessa postura que citei acima, sei que é percebido, e que as pessoas observam. Já
fui ouvinte e sei que sem perceber fui viajando nas ideias até perder o foco
total da situação, e tomei atitudes arriscadas que podiam me prejudicar por
conta de uma ou outra palavra maldita e mal falada. Então, já que não se pode
evitar perder o foco do assunto em algumas ocasiões, o melhor é perceber o que acontece ao redor,
e prestar atenção pelo menos em como se está sentado!
E ainda podemos cantar quando
uma situação assim nos coloca em uma “saia justa”
Precisa-se de olhos nos olhos, de admirá-los, perceber suas
cores, brilhos, aspirações, desejos. Que a sintonia se estabeleça sem nenhum planejamento
prévio. Aliás, precisa-se de olhares confidentes, confiantes, entregues, profundos,
que leiam a alma, a beleza que ela tem.
Precisa-se de abraços quentes, onde se perceba as pulsações,
as respirações, as agitações e as acalme com precisão, como o tic-tac de um relógio.
Precisa-se de sorrisos, generosos, sinceros, largos, onde se
possam encontrar alegrias que a memória eterniza. Podem ser simples, singelos,
até discretos, mas precisam ser verdadeiros.
Precisa-se de falar até a língua cansar, precisa-se de
entendimento também para que a fala não seja vã, para que todo sentimento fique
explicito entre elas, mesmo que não fossem ditos.
Precisa-se de silencio para sentir a cumplicidade, para se
ouvir os pensamentos, os sussurrar das brisas internas.
Precisa-se... Penso que a isso se chama amor, e é raro!
Apesar de o feriado remeter a essa ideia de luto, de morte,
costumamos, aqui em casa celebrar a vida e relembrar bons momentos e alegrias
que tivemos com nossos queridos que já partiram para o outro plano!
Meu pai, por exemplo, era muito festeiro, gostava de contar
histórias e ria sempre, ria muito, era um homem que viveu muitas dores, muitas
inquietações e sofrimentos, mais sempre,
falava em esperança, tinha fé no futuro, deseja que estudássemos e fossemos
doutoras, eu e minha irmã. Tudo isso só
pode nos trazer alegria ao lembrar sua presença!
Outro grande alegria que temos para celebrar nesse dia, é o
nascimento da Kátia, uma criança que nasceu iluminada para ser semente de
alegria e prosperidade para nossa família, hoje, essa criança, que não gosta
mais de ser chamada assim, completa 15 anos, já está se preparando para ser
adulta, mais é e sempre será luz e alegria para nós!!!
Refletindo sobre o que aprendemos, o que ensinamos, como aprendemos e como ensinamos, percebi conversando com alguns pares que quanto mais desafiamos mais somos desafiados, mais multiplicamos conhecimentos e refletimos sobre eles e associamos as teorias que conhecemos, aos nossos valores, dividimos alguns anseios, angustias, descobertas e novas formas de fazer, e sempre somamos experiência e mais aprendizado.
O filosofo Mikhail Bakhtin conceitua: "O ensinar, o aprender e o empregar a linguagem passam necessariamente pelo sujeito, o agente das relações sociais e o responsável pela composição e pelo estilo dos discursos. Esse sujeito se vale do conhecimento de enunciados anteriores para formular suas falas e redigir seus textos. Além disso, um enunciado sempre é modulado pelo falante para o contexto social, histórico, cultural e ideológico"
Em outras palavras, para ensinar é necessário falar uma língua que o outro entenda para então chegar as coisas que ainda não se entende, do mais fácil para o desafio, e desafios maiores ainda.
Tenho lembranças de, não raros momentos, nossos mestres se encontrando com seus pares pelos corredores da universidade e discutindo teorias marxistas, as vezes até apaixonadamente, fervorosamente, e quando entravam para sala de aula sempre comentavam a respeito da discussão com o colega teórico a cerca dessa ou daquela teoria, que concordam ou discordam, ou como diz uma de nossas professoras, muito pelo contrário.
Acredito que naqueles momentos estavam refletindo sobre o que tinham lido, estudado, teorizado, compreendido para então,depois de todo esse confronto, nos colocar o desafio de pensar em todo o nosso contexto social, histórico, cultural e ideológico, como coloca o filosofo.
Hoje me vejo repetindo suas práticas, discutindo pelo MSN, em momentos de ação pedagógica , em momentos de lazer, em momentos de encontro com os nossos conhecimento e confronto com os nossos desafios.